Todo esse clima de fim de ano também me deixa nostálgica. Na verdade, eu já sou uma pessoa nostálgica. Volta e meia durante certas épocas eu fico assim, aí o que faço? Revejo vários filmes que me lembram uma época, séries (é clássico que eu assista The O.C. nessas "crises", mas só a 1ª temporada haha), músicas (e aqui entra de tudo: desde bandas e artistas que escuto com frequência até aqueles que só gosto de uma música) etc. Então, perto do Natal e do fim de cada ano, o que acontece comigo é que fico nostálgica o dobro do que quando fico às vezes.
Toda essa introdução foi para situar o porquê do meu texto de hoje, que é sobre um um filme que sempre (sempre), desde que o assisti pela primeira vez, revejo no Natal: Simplesmente Amor (IMDB). É uma comédia romântica britânica (God bless) com um baita elenco e diversas histórias em um só filme. Antes de tudo: não sou uma pessoa que gosta desse tipo de filme. Comédias românticas geralmente me deixam entediada e com vergonha alheia de diversas situações, seja com uma declaração de amor cafona ou uma tentativa frustrada de comédia. Simplesmente Amor nunca me deixou assim. Tudo flui tão bem e tão naturalmente que eu até esqueço que estou assistindo uma comédia romântica.
Além dele, ainda amo rever: Esqueceram de Mim 1 e 2 (clássicos), A Felicidade Não Se Compra (obra-prima do Frank Capra), O Diário de Bridget Jones (do mesmo autor de Simplesmente Amor, haha) e um que não a ver com o Natal, mas é dessa minha nostalgia de fim de ano: Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças.
O texto abaixo, porém, é só sobre Simplesmente Amor. Ah... Vai rolar spoiler ;)
Cena de "Simplesmente Amor" |
Um dos maiores canastrões do mundo também faz parte do elenco: Hugh Grant. Sempre perfeito para esses tipos de filme, aqui Grant é o Primeiro Ministro britânico que se apaixona pela funcionária (Martine McCutcheon). Sempre com um bom timing para comédia e uma figura sempre carismática, ele ainda protagoniza uma cena mais 'exigente': ele peita o presidente dos EUA (outro canastrão, Billy Bob Thornton ex-Angelina Jolie) em um discurso (God bless). Abaixo uma das melhores cenas (ou a melhor) do personagem:
Dois nomes de peso protagonizam a parte triste do filme: Allan Rickman e Emma Thompson vivem um casal com dois filhos e que é abalado por uma traição. O destaque aqui é dela, que aborda com classe e ótima atuação e torna a tristeza da personagem, a nossa. Laura Linney é uma dedicada irmã que guarda uma paixão "secreta" pelo brazuca Rdrigo Santoro, e acho bem bonita a relação dela com o irmão.
Keira Knightley possui uma história interessante. O começo do filme é com seu casamento e muita felicidade do casal. O que ela não sabe, é que o melhor amigo do noivo é apaixonado por ela. Classic. No entanto, aqui é diferente. A primeira coisa que passaria pela minha cabeça é que em um outro filme, o amigo ia se declarar e talvez até pudesse roubar a noiva, mas o que acontece aqui nessa história é uma das declarações mais lindas que já vi e sem o intuito de querer roubar a moça do amigo. Além disso, com o que eu queria que acontecesse no fim: ela continua casada, sem ter ficado um momento sequer abalada, apenas foi compreensiva e fofa com o cara:
Colin Firth é um escritor que logo no início do filme descobre que sua mulher o traía com seu irmão. Que situação, não? Com isso, ele decide se refugiar no sul da França e lá acontece o que ele não esperava: se apaixona novamente. Aurélia, uma portuguesa que toma conta da casa, chama a atenção do inglês. O que mais gosto dessa história dos dois é que eles falam e se declaram um para o outro sem se entender. Ela não fala inglês, e ele não fala português.
Ficou tão legal, mas tão legal que eu até perdoei quando o pai da moça dá um beijo no Colin Firth no final do filme (quis dizer que o cara tava feliz com o noivado mas né, pelamour, pra quê, desde quando portugueses têm esse costume? enfim).
Liam Neeson é um padastro com uma difícil missão: cuidar do enteado, que acaba de ficar órfão de mãe. A princípio, o menino parece apenas estar abalado com a morte, mas depois descobrimos a 'terrível' verdade: o pequeno está... apaixonado. Haha! E palmas para esse coisa fofa do Thomas Brodie-Sangster, que não foi uma criança insuportável e sim muito carismática, nos fazendo crer naquela paixonite que todos temos quando pequenos.
Outra história que merece destaque e que gosto muito é a do casal que se conhece por um motivo bem diferente: ambos vão protagonizar um filme pornô. Haha. Durante os ensaios, eles conversam o tempo todo sobre as mais variadas coisas (de reclamações sobre o trânsito até sobre o que acham do novo Primeiro Ministro, que é o Hugh Grant... amo a forma como eles ligam todos os personagens no filme) e, com isso, se apaixonam. E apesar de se verem nus todos os dias, começam como todo casal. Marcam um encontro, ficam tímidos para o primeiro beijo. Acho demais. Só não consegui nenhuma cena no youtube, pena.
A parte mais boba do filme fica com um personagem: Collin Frisell (Kris Marshall). Ele é um cara novo, desesperado por mulher e sexo, como todo boçal. O que é legal dela: pegam aquilo que todos falam sobre o sotaque britânico - o charme - e usam a favor do cara, que nem é bonito. Pegam também o estereótipo do que todo cara novo que quando viaja sozinho acha que vai ter quando chegar no local destino: mulher gostosa e fácil. Claro que, para alfinetar mais ainda, usaram americanas. A cena que gosto, é a logo abaixo, principalmente quando elas ficam pedindo para ele falar as palavras e ficam encantadas com o sotaque dele, haha! Me identifiquei nesta parte (somente porque né), confesso. Sotaque britânico é uma das sete maravilhas do mundo. God bless.
E por fim, queria deixar aqui a cena que dá início ao filme e já me faz rir de primeira. Bill Nighy, muso.
Oh, fuck wank bugger shitting arse head and hole!